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Mentes Férteis
12.25.2005
 
Hum… estou evoluindo… gosto disto.

Olhando Olhos

Admiro olhos,
mas não o faço como homem,
talvez como esteta…
não, não como esteta, como poeta,
pois estetas sao poetas parnasianos
e poesia paranasiana é em si um paradoxo.

Eu enxergo mais que sensualidade,
mais que traços harmoniosos,
eu enxergo a beleza de um espírito
por de trás de um olhar.
 
12.16.2005
 
Muitas poucas palavras para dizer

Sobre a impotência

Perdão por não eu ter feito nada para aliviar tua dor, mas entenda, tinha medo de te machucar ainda mais.

Sobre a eternindade

Nada é eterno, tudo sempre muda, portanto a mudança é eterna.
Mas nada é eterno, portanto nem a mudança é eterna, um dia algo será eterno.
Nada é eterno, nem mesmo o fato de nada ser eterno.

PS: Eu disse "muitas poucas palavras", não "muito poucas palavras".
 
12.06.2005
 
(Update 07/12: Só para trocar a introdução… essa mania já tá dando no saco!)

Faço muitas coisas sem saber porque, mas sei porque as faço sem saber porque.
Por pura sobrevivência.

Monólogo pré-/anti-surto

Não me venham me chamar de louco, me dizer que perdi a razão! Que razão? Olhem em volta! Veêm alguma razão? Procurem uma razão! Procurem uma razão para qualquer coisa! Procurem uma razão para a mais banal das coisas! E se acharem uma razão, busquem a razão da razão!
Não há.
E quando eu começar a questionar, ou melhor, quando eu começar a expor tais questionamentos, eu não poderei mais viver neste mundo. Sozinho, cercado por uma lógica totalmente ilógica, nunca enxergarei a saída para a sensatez. E quantos irão querer rever comigo todas as convenções e convicções do mundo? Aliás, eu acho que seria mais adequado perguntar quem, afinal, aposto que vou poder contar nos dedos.
O fato é que é muito mais confortável aceitar. Eu também queria poder aceitar. Fui desde pequeno, desde quando não pensava, acostumado a este mundo, sendo assim, há coisas que tenho medo de questionar, pois tenho medo de perde-las por falta de uma razão.
Mas eu preciso de respostas! E como resposta encontro sempre apenas novas dúvidas, cada vez mais dúvidas. Sei que quanto mais eu buscar alívio para minhas angústias filosóficas, mais angustiado ficarei. O que posso fazer? Não há como parar, eu não vou conseguir enganar a mim mesmo, eu vou saber que estarei mentindo para mim.
Maldita situação!
Malditos covardes! Malditos covardes que me deixam lutar sozinho contra tantas dúvidas! Antes me deixassem sozinho! Voltam-se contra qualquer tipo de questionamento. A batalha dentro de minha mente já é dura demais, lutar também fora dela é revoltante. Será que a paz é só para os ignorantes e alienados?
E quando eu me perder em dúvidas, vão dizer que enlouqueci totalmente, que perdi completamente a razão. Repito: Que razão? Será que sou tão louco assim a ponto de negar inconsientemente e apagar da memória todo e qualquer argumento concreto apresentado? Acreditar nisso que seria insanidade.
A vontade, então, é de parar de agir por esta lógica ilógica e agir conscientemente sem razão, fazer o que bem entender, já que não há lógica nenhuma a se seguir. Beijar quem bem entendo, abraçar quem bem entendo, dizer que amo quem bem entendo sem nem poder definir amor. Mas diante de tanta revolta eu provavelmente iria espancar quem bem entendo, matar quem bem entendo, odiar intensa e inexplicavelmente a primeira vista.
Não! Não posso me deixar agir desse jeito! Seria me render, desistir de vez da razão.
Tenho de encontrar a razão, mas não a encontro. Tampouco consigo formá-la. Digo formá-las de verdade, razões falsas são sintetizadas a milênios.
Sou tomado então por um vazio desesperador. Não há razão para amar, não há razão para odiar, não há razão para matar, não há razão para morrer, não há razão para viver.
Calma! Não há razão para nada, nem para se desesperar.
Me acalmo agora. Mas, droga! Não queria viver sem razão! Não queria me tornar um idiota!
Mais calmo, livre da revolta e do desespero, vazio e estático, me encaminhando para um estado de nirvana, ou de catatonia, não tento mais encontrar razões. Ao contrário, elas me encontram. Lembro-me de momentos de verdadeira felicidade. Não falo de alívio, de sucesso, de liberação de hormônios ou injeção de substâncias que dão sensação de prazer. Falo de felicidade pura e simples, que não se explica, ou melhor, explica-se por sí só, algo auto-explicativo e absoluto que as religiões sempre tentam inventar, porém palpável, real, independente de fé. Quero um dia poder sentir esta rara sensação o tempo inteiro. Esta é a minha razão para buscar razão!

PS: Monólogo? Acho que não. Falei com quem não estava presente, falei comigo mesmo, falei com quem eu já nem sabia mais com quem estava falando… Isso é monólogo?
 

MERDA SECA
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