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Mentes Férteis
5.22.2004
 
Aconteceu uma coisa engraçada esses dias com uma conhecida minha. Engraçada por que tudo acabou bem. Como eu estava sem criatividade pro próximo post eu resolvi narrar o "causo" aqui. Se fosse fictício nem seria tão engraçado, aliás, nào teria graça nenhuma.
O que importa é que eu casquei o bico quando ela me contou o final, eu relamente não acreditei quando ela… Vocês vão ver, talvez nem achem graça, mas também não vão acreditar.

O extupro

N.C., mulher, trinta e tantos anos, juntou algumas moedas, inteirou o valor de R$1,50 para pegar o alternativo para voltar para casa.
Costumava voltar num gol prata, o motorista era um homem negro. Lá vinha o tal carro.
Ela entrou com mais duas garotas, nem reparou no rosto do motorista. Quando foi chegando nas proximidades de sua casa ela pegou as moedas:
— Deixa eu já pagar agora…
— É pouco.
Não era aquele motorista de sempre, era outro homem negro em outro gol prata. Fatal coincidência, mais que isso, essa coincidência era filha da puta mesmo.
— Todo mundo cobra um e cinqüenta! Mas se você quer um e sessenta tudo bem.
— Você não entendeu. — E continuou com um sotaque carioca — Eu extupro depoix eu mato enforrcada.
Nesse momento as garotas que estavam no banco de trás começaram a berrar histéricas, porém N.C., atônita, perguntou:
— Cuméquié?
E o "extuprador" repetiu:
— Eu extupro depoix eu mato enforrcada.
N.C. que estava com a mão já dentro da bolsa para pegar as moedinhas disse:
— Olha aqui, eu tô armada, é bom você parar esse carro que eu quero descer!
— Voce não extá arrmada. — Disse o "extupradorr" com muita calma.
— Se eu tirar a arma da bolsa não vai ser pra te mostrar, vai ser pra te matar aqui mesmo, tá entendendo? É bom parar agora mesmo seu desgraçado!.
O "extupradorr", que não tinha arma (se tivesse não estaria matando as vítimas "enforrcadas"), cagou de medo nessa hora e freiou o carro. N.C. desceu. Quando estava levantando o banco para que as outras garotas descessem elas praticamente passaram por cima de nossa protagonista armada. O carro saiu em alta velocidade, porém em ré (o que o medo não faz?)
Acabado o risco, uma das garotas interpelou (que vocábulo fresco!) a salvadora do dia (na verdade da noite, era fim de expediente):
— Peraí, quem é você que anda armada?
— Que armada o caramba! Eu sô só uma pobre coitada fudida que trabalha de empregada doméstica apontando um cabo de escova pro desgraçado (ela adora essa palavra). Agora, você acha que eu ia deixar ele me estuprar e levar minha jaqueta de couro? Nem fudendo!
Sim, por mais fodida que ela fosse (no bom sentido da palavra, se é que existe um bom sentido para isto), ela tinha uma jaqueta de couro.
N.C. foi caminhando para casa, chegou bastante nervosa, abriu a mão, fitou-a (que porra! esses vocábulos complexos de novo!) e um primeiro pensamento de alívio e vitória passou por sua cabeça:
— Ainda bem que ele não levou minhas moedas!)

PS: Esse post não faz apologia ao preconceito nem contra negros, nem contra cariocas (tampouco contra gols prata), tenho amigos negros e amigos cariocas, mas foi o que aconteceu. Se você mora em Jacareí tome cuidado, você pode entrar no carro do "extupradorr"!

PS2: Um blefe desses e ela não sabe jogar truco. Disperdício.
 

MERDA SECA
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