Update 20/06: O texto estava muito panfletário, e isso é chato.
Eleições sem Copa é como futebol com bola quadrada.
Vamos jogar eleições?É ano de Copa, é ano de eleições. Pois é, é ano de duas grandes competições.
Porque as eleições já não passam disso. É um jogo estranho onde, por meio de propagandas idotas e felizes, com criancinhas e tudo mais o que uma mente do tamanho da honestidade dos políticos possa imaginar, influencia-se as pessoas de tal modo que não sei explicar (e acho que nunca consiguirei) para que elas votem em um dos competidores. Outra tática muito utilizada também (e muito mais eficiente, eu espero, por um mínimo de dignidade do povo) é sujar o nome do adversário, fazendo com que a galera mude de lado.
Mas a parte mais estranha de todo o jogo é o prêmio: um tantinho de poder. Para quê serve? Não é pode ser por dinheiro, para chegar lá é muito esforço e o dinheiro adquirido é muito instável e perigoso (mas já que eles estão lá, eles aproveitam e roubam, oras). Para ajudar o povo… bom, preciso dizer algo? Por amor ao poder como no livro 1984, de George Orwell, também não é, se fosse dariam um golpe de estado (o que seria muito mais excitante e divertido). Para favorecer a elite empresarial? Não, não adianta, Tio Sam vai fodê-los do mesmo jeito.
Eleições não tem nada a ver com democracia. Se o voto é a melhor arma do povo, estamos armados com pistolas d'água contra uma invasão estado unidense.
Mas nem tudo está perdido! Peguemos nossas arminhas de água, enchamos com gasolina, acendamos um isqueiro e o que temos? Um lança chamas!!! (Quem diria que assistir filme do Van Damme seria útil para alguma coisa?)
O que eu quero dizer com isso?
"art. 224. Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos
do país nas eleições presidenciais, do Estado nas eleições federais e
estaduais ou do município nas eleições municipais, julgar-se-ão prejudicadas
as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do
prazo de 20 (vinte) a 40 (quarenta) dias."
Os canditados das eleiçõe anuladas podem se candidatar as eleições substitutas, mas e se anularmos eleições repetidamente? Dá pra causar um bom colapso nisso tudo, não? E colapso é sinônimo de oportunidade de mudança!